sábado, 5 de setembro de 2020

Epifania da Quarentena

 



Estava olhando pra minha coleção de livros e lembrando como fui conseguindo meus livros lembrando quando eu não tinha nenhum e pensando no quanto eu os amava.

Em época de quarentena e doenças mortais, os livros são uma ótima escapatória para relaxar e deixar os problemas de lado.

Então comecei a pensar na importância que eles tinham pra mim e o que aconteceria com eles quando eu não estiver mais aqui, seriam doados? Jogados fora? Será que alguém entenderia o quanto eles são importantes pra mim?

Pensei não só sobre eles, mais sobre todos os bens materiais que temos e amamos, as coisas que guardamos com carinho que nos remetem memorias de um tempo que não volta mais, porem no final percebo que Nada e verdadeiramente nosso tudo o que temos na terra de material e temporário, emprestado. Pagando um real ou um milhão, nada e verdadeiramente nosso, deixamos tudo para trás. Nossa estada aqui e temporária, vivemos de empréstimos.

Por isso temos de entender que como nossa estada aqui e passageira, temos como dever aproveitar ao máximo, desfrutar das coisas, conviver com as pessoas, criar lembranças. porque só os laços que criamos aqui, somente as memorias vão com a gente para onde formos.

Nossa presença, quem somos, quem fomos, são a maior marca que podemos deixar na terra, mais forte e marcante do que todo ouro e diamante do mundo.

Não vale a pena se desesperar por não conseguir tal coisa, cobiçar a vida alheia, os bens alheios, ninguém poderá carrega-los mesmo.

No final, coisas materiais são apenas isso, coisas.